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PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DE CRIANÇAS E ADOLESCENTES COM SÍFILIS CONGÊNITA NO BRASIL ENTRE 2013 E 2022

The Brazilian Journal of Infectious Diseases, ISSN: 1413-8670, Vol: 27, Page: 103211
2023
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Abstract Description

A sífilis congênita, doença infecciosa de transmissão vertical, repercute clinicamente em malformações e alterações do desenvolvimento neuropsicomotor, variando de início precoce ou tardio, além do risco de abortamento e prematuridade. Devido à alta prevalência da sífilis na população sexualmente ativa, dos desafios do rastreio, realização de pré-natal e disponibilidade ao tratamento, o aumento dos casos torna-se um alerta para atenção à saúde. Sendo assim, é fundamental descrever o perfil epidemiológico da sífilis congênita de pessoas entre 0 a 19 anos no Brasil. Estudo transversal, retrospectivo e descritivo realizado por meio dos dados disponibilizado pelo Sistema de Morbidade Hospitalar (SIH/SUS – DATASUS) entre 2013 e 2022 considerando o número de hospitalizações pela sífilis congênita de acordo com o local de internação, bem como as variáveis: unidade da Federação, sexo, cor/raça, faixa etária, taxa de mortalidade e valor total. Os critérios de exclusão foram as informações não compatíveis com as variáveis em questão. Para a análise dos dados, foi utilizado o software Microsoft Office Excel® 2016. De acordo com os dados coletados, houve um total de 152.902 internações de crianças e adolescentes por sífilis congênita, no Brasil, entre 2013 e 2022, sendo o Rio de Janeiro o estado com maior número de internações (15,12%), seguido de São Paulo (13,84%) e Pernambuco (9,72%). Amapá (0,55%) e Acre (0,62%) apresentaram menores taxas. Sem identificação (39,93%), pardos (39,72%), menores de um ano de idade (99,37%), mulheres (51,6%), homens (48,4%) é o perfil nacional de maior acometimento da sífilis congênita. Destacando as maiores taxas de mortalidade nos estados do Acre (0,83%), Amapá (0,48%) e Piauí (0,47%) e, igualmente, as menores no Mato Grosso e Distrito Federal, (0,6%), se comparadas à nacional (0,17%). Conhecer o perfil da população mais afetada, sobretudo das pessoas sem informação de cor/raça, viabiliza o desenvolvimento de estratégias adequadas para prevenção, diagnóstico precoce e tratamento. A taxa de mortalidade maior em estados com baixos índices de internação, Acre e Amapá, sugere baixa eficácia do tratamento, perpassando do acesso aos serviços de saúde, disponibilidade de leitos e medicamentos, ao acompanhamento ambulatorial, multidisciplinar. Assim, ações conjuntas das esferas de saúde necessitam ser tomadas visando garantir o amplo funcionamento do Sistema Único de Saúde (SUS).

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