Daily tobacco consumption and associated socioeconomic factors in the Portuguese population: National Health Interview Survey data 1987-2014

Smoking patterns inform tobacco control policies. This study aimed to assess trends in smoking prevalence and associated socioeconomic factors in Portugal between 1987 and 2014. We used data from National Health Interview Surveys (NHIS) conducted in 1987, 1995/96, 1998/99, 2005/06 and 2014/15. For each NHIS, we estimated gender-specific and age-standardized smoking prevalences, stratified by education, occupation, marital status and region. We constructed NHIS- and gender-specific logistic regression models, adjusting for the above-mentioned variables. We describe changes in smoking prevalence and inequalities in associated socioeconomic factors between 1987 and 2014. In men, smoking prevalence (32.2% and 26.7%, respectively) and inequalities for all factors except for education decreased between 1987 and 2014. For women, inequalities decreased for region, age and occupation, and these changes occurred through increasing smoking prevalence in all groups. For marital status and education, inequalities were stable but smoking prevalence increased for all groups within these variables. In both sexes, the unemployed (adjusted odds ratio [aOR] 2014: men 2.33, women 2.76) and divorced (aOR 2014: men 2.12, women 3.18) consistently had the highest prevalences and aORs of smoking. For the first three NHIS higher aORs of smoking were observed among less-educated men and highly-educated women, while for the last two the higher odds were for the less-educated in both sexes. Smoking trends among men showed decreasing prevalences and diminishing inequalities. For women, inequalities were stable but there was an overall increase in prevalence. The unemployed and divorced had the highest smoking prevalences in both sexes. Smoking prevention and cessation policies in Portugal should take into consideration inequalities, particularly among men, and increasing consumption among women. Os padrões de consumo de tabaco informam as políticas de controlo do tabaco. O objetivo deste estudo foi avaliar as tendências na prevalência de tabagismo e fatores socioeconómicos associados em Portugal de 1987-2014. Foram analisados os dados dos Inquéritos Nacionais de Saúde (INS) de 1987, 1995/96, 1998/99, 2005/06 e 2014/15. Para cada, foram estimadas prevalências de tabagismo por sexo, padronizadas para a idade e estratificadas por educação, ocupação, estado civil e região. Para cada sexo e inquérito foram desenvolvidas regressões logísticas, ajustados para as variáveis mencionadas. A evolução da prevalência e desigualdades nos fatores socioeconómicos de 1987-2014 são descritas. Para os homens, a prevalência e desigualdades diminuíram de 32,2% para 26,7% e para todos os fatores exceto educação. Nas mulheres, as desigualdades por região, idade e ocupação diminuíram com aumento generalizado da prevalência. Para o estado civil e educação as desigualdades estabilizaram com aumento na prevalência em todos os grupos. Para ambos os sexos, desempregados ( odds ratio ajustado – aOR 2014: homens-2,33; mulheres-2,76) e divorciados (aOR 2014: homens-2,12; mulheres-3,18) apresentaram persistentemente as maiores prevalências/aOR de consumo. Para os primeiros três inquéritos os maiores aOR foram nos homens com menos educação e mulheres mais instruídas, sendo nos últimos dois nos menos instruídos para ambos os sexos. Nos homens a tendência foi de diminuição da prevalência e de desigualdades. Nas mulheres, as desigualdades estabilizaram, com aumento generalizado na prevalência. Desempregados e divorciados permanecem com elevadas prevalências em ambos os sexos. As políticas de prevenção e cessação em Portugal devem considerar desigualdades, particularmente nos homens, e o consumo crescente entre as mulheres.